Alimentos MAGROS, DIET e LIGHT: o que escolher?

Actualmente muito se fala sobre alimentos magros, diet e light…
Quando vamos ao supermercado deparamo-nos uma variedade gigante de todos estes produtos, e somos bombardeados com as suas super publicidades que nos deixam com o misto de desconfiança, cepticismo e desejo de que estes produtos sejam a resolução para todos os nossos problemas! Mas afinal o que são exactamente estes produtos e qual a diferença entre eles?
A primeira ideia que nos vem à cabeça quando se fala em DIET, é que são produtos com baixo valor calórico e, portanto, poderiam ser consumidos livremente por pessoas que desejam perder peso.
Mas e os alimentos chamados LIGHT e MAGROS? Em que é que eles diferem? Na realidade qual será a melhor opção? Quais devo escolher para ter uma alimentação saudável?
Os produtos MAGROS são aqueles que têm menor teor de gordura em comparação com o produto de origem. Isto é muito comum nos lacticínios, como leites, iogurtes e queijos, em que para além do produto original temos, as versões meio gordo e magro.
Estes produtos na maioria das vezes são uma opção mais acertada na nossa dieta, uma vez que a única alteração que sofrem é uma redução da matéria gorda e consequentemente uma redução calórica, sendo assim o produto sucedâneo mais saudável que o original.
O termo DIET é usado em alimentos com restrição ou isenção em algum nutriente, como glúten, açúcar, gorduras, sódio, colesterol… e destina-se essencialmente a quem tem alguma restrição nutricional específica, como é o caso dos diabéticos, dos celíacos, dos hipertensos…
Porém, o facto do alimento não conter um certo nutriente não significa necessariamente que tenha redução significativa de calorias.
Vejamos: uma manteiga sem sal, é um produto diet, mas nem por isso menos calórico do que a manteiga normal, visto que a única restrição que tem é isenção de sódio.
Um chocolates diet “sem açúcar”, contêm frutose em vez de açúcar na sua constituição, contudo o seu valor calórico é muito próximo ao chocolate tradicional, uma vez que a frutose tem exactamente o mesmo valor calórico que o açúcar “de açucareiro” (4Kcal/1g). Assim ele é indicado principalmente para pessoas portadoras de diabetes, mas não necessariamente para quem deseja emagrecer.
Por isso, não basta que a inscrição diet venha impressa na embalagem. É preciso especificar, no rótulo, que substância foi retirada ou substituída e a que fim se destina.
O termo LIGHT é usado para os alimentos que sofreram uma redução de no mínimo 25% em determinado nutriente ou calorias quando comparado com o alimento convencional. Normalmente as pessoas associam a ideia do produto light à estética e não a uma disfunção de saúde. E, com efeito, ao contrário dos alimentos diet, os produtos light não foram desenvolvidos para atender às necessidades nutricionais de determinado grupo específico, mas sim para suprir a necessidade de um grupo crescente da população, que se preocupa com o corpo, peso e o bem-estar.
Observo que o termo light provoca algum desconforto e desconfiança em alguns consumidores, que o associam à adição de aditivos e substâncias artificiais para a saúde.
Contudo esta ideia está errada! O facto de ser light não significa que seja mais artificial nem que tenha aditivos prejudiciais. Mas também não garante que seja um produto saudável! Significa, simplesmente, que tem menos calorias do que o produto original.
Vejamos como exemplo, as batatas fritas light ou o leite condensado light, têm efectivamente menos calorias e menos gordura e açúcar, respectivamente, do que umas batatas fritas normais ou do que o leite condensado. No entanto, não faz deles opções saudáveis para o dia a dia normal!
E os alimentos ZERO?
Os chamados alimentos zero tanto podem ser magros, diet, como light – a diferença está no conceito e não nos ingredientes usados no seu fabrico.
O conceito “zero” foi criado a pensar nos consumidores que não se identificam nem com o diet, nem com o light, como os adolescentes e os adultos do sexo masculino.
Nestes alimentos não existe uma diferença na fórmula; existe sim, uma diferença na palavra e no conceito, como estratégia de marketing para atingir um público-alvo diferente.
Assim, muitos produtos podem ser light, diet, zero ou magros simultaneamente e consumidos tanto por quem tem necessidades nutricionais específicas, como por quem quer controlar o peso ou fazer escolhas mais saudáveis.
Portanto, mais do que generalizar qualquer uma destas definições, aprender a ler o rótulo dos alimentos é fundamental! Isto vai permitir-lhe identificar quais as suas reais necessidades e a real composição do produtos para que possa fazer uma escolha mais acertada e conscientes!
Uma vez aprendido, não se deixará levar pela publicidade enganosa e pelos falsos mitos!